segunda-feira, 22 de agosto de 2011

IAB-MG apresenta os finalistas da premiação Viva o Mercado!
















ATA FINAL DE JULGAMENTO DA PREMIAÇÃO VIVA O MERCADO!

Aos 17 e 18 de agosto de 2010, se reuniu no salão principal da sede do IAB-MG a Comissão Julgadora da premiação “Viva o Mercado”, composta pelos arquitetos:

André Veloso da Silva – Diretor de Valorização Profissional do SINARQ-MG;
Carlos Henrique Affonseca – Professor Universitário;
Demetre Anastassakis – Presidente da Direção Nacional do IAB (2004-2006);
Ulisses Morato de Andrade – Diretor de Projetos Especiais do IAB-MG.

Também estiveram presentes e emitiram seus pareceres, sem poder de voto, o presidente da ACOMEC - Associação dos Comerciantes do Mercado do Cruzeiro, Sr. Wayne Stochiero e a presidente da AMOREIRO - Associação Comunitária dos Cidadãos do Cruzeiro, a Sra. Patrícia Caristo.

Os jurados procederam à abertura dos 07 envelopes contendo os trabalhos inscritos, sem identificação de autores e numerados de 01 a 07. Após a abertura, realizaram as análises pertinentes e os debates de avaliação. Os envelopes com a identificação das equipes ficaram em poder da Secretaria do IAB-MG até a seleção final dos trabalhos, permanecendo em sigilo a identidade dos participantes inscritos durante o processo de julgamento.

Das deliberações iniciais da Comissão Julgadora.

Considerando o item 9.1 do edital da premiação, que previa a seleção de 10 projetos iniciais para posterior encaminhamento a júri popular, e que o número dos projetos inscritos não atingiu número suficiente para esta seleção, a Comissão Julgadora, decidiu:

- Examinar todos os projetos e selecionar para a etapa de julgamento público, 3 (três) propostas para apreciação de júri popular, a se realizar em evento público no Mercado do Cruzeiro, no dia 27 de agosto de 2011, denominado Viva o Mercado! Nesta oportunidade, segundo o edital, os proponentes, devidamente comunicados, apresentarão seus projetos para apreciação dos moradores do bairro Cruzeiro e entorno e mais especificamente da ACOMEC – Associação dos Comerciantes do Mercado do Cruzeiro e AMOREIRO – Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro.

Dos projetos examinados e selecionados.

A seguir, apresenta-se o resumo dos julgamentos dos projetos examinados de acordo com os critérios estabelecidos no Edital. Importante informar que a Comissão Julgadora decidiu selecionar as proposições que, na equação final de projeto, mais se aproximaram das diretrizes estabelecidas no edital da Premiação. Foram selecionados os projetos de número 01, 03 e 06, por terem sido considerados, ao mesmo tempo, coesos e dentro do espírito da proposição da premiação.

Projeto número 01: A comissão julgadora avaliou que o ponto forte deste projeto consiste na proposição de uma nova edificação longitudinal ao terreno que oferece usos para garantir sua sustentabilidade econômica, e ao mesmo tempo, aproveita o talude que percorre o todo o terreno do Mercado do Cruzeiro lindeiro à Universidade FUMEC e ao Parque Amilcar Vianna Martins. A volumetria deste novo prédio se harmoniza à paisagem local e preserva satisfatoriamente os grandes vazios urbanos existentes ao redor do Mercado. As intervenções resolvem o programa de necessidades respeitando as principais visadas e se adéquam à escala do entorno e à paisagem urbana.
O projeto oferece alternativas de exploração econômica para o Mercado, cria um oásis verde com a proposição de uma praça pública no nível do mesmo, propõe a manutenção do prédio, liberando parte da fachada e resgatando a concepção original do mesmo. O projeto é propositivo com relação ao entorno ao apontar a requalificação de alguns espaços da Vila vizinha. Entretanto, a integração do projeto com o parque Amilcar Vianna Martins e o Mercado é parcial, criando uma ruptura na continuidade espacial de suas áreas ao verticalizar parcialmente a edificação proposta no ponto de acesso à Rua Ouro Fino.
A linguagem arquitetônica é ponto marcante no projeto trazendo uma rica movimentação de elementos de circulação vertical e horizontal propiciando uma dinâmica ao conjunto proposto. No quesito estacionamento, item impactante e importante de ser solucionado nas proposições, o projeto atende ao estabelecido no edital e resolve a contento.

Projeto número 03: A comissão julgadora considerou que a organização espacial das intervenções são positivamente racionais, ou seja, oferecem clareza de leitura e funcionalidade aos seus usos. Por outro lado, os membros da comissão apontaram um excesso na altura do novo edifício em relação ao entorno. Este edifício aproveita o talude lateral existente entre a FUMEC e o Mercado com uma única edificação, liberando a visada do Parque Amilcar Vianna Martins. Quanto ao Mercado, propriamente dito, o projeto preserva a sua configuração original. A proposta não interfere diretamente no parque, resolve bem o estacionamento e dota o projeto de uma proposta logística com boa resolução de fluxos. Em termos de viabilidade financeira, a nova torre e as lojas no subsolo são soluções interessantes para permitir a sustentabilidade econômica do Mercado, possibilitando, ao mesmo tempo, a continuidade das funções hoje existentes. Pondera-se, entretanto, que as lojas âncoras propostas para o subsolo podem  instesificar, de maneira constante, o fluxo de veículos na região. Em termos de atendimento à demanda pela criação de novas vagas de estacionamento, o projeto atende a contento. A circulação vertical é outro item positivo na solução de projeto já que foi resolvida utilizando a estrutura da Caixa d’água existente como elemento de ligação entre a Praça do Mercado, o novo conjunto arquitetônico e o parque Amilcar Vianna Martins.

Projeto número 06: Este projeto propõe um conjunto composto por rampas de circulação, praças e mirantes que “abraçam” o Mercado, oferecendo uma estrutura plástica bem resolvida, com uma rica ambientação de espaços para os usuários. A flexibilidade de usos dos espaços propostos foi considerada como ponto relevante, pois, potencializa a instalação de variados eventos em seu complexo. As novas estruturas de uso se articulam de maneira amigável ao edifício do Mercado embora este tenha seu invólucro modificado. A comissão julgadora entende que o fechamento da Rua Opala limita o fluxo de circulação no bairro gerando entraves de circulação de pessoas e veículos no entorno. Além de resolver bem a demanda por vagas de estacionamento, a proposta melhora a articulação do Mercado com a Universidade e o parque Amílcar Vianna Martins.

Da identificação das equipes selecionadas.

Após a seleção dos 03 melhores trabalhos, a Secretaria do IAB-MG apresentou à comissão julgadora os envelopes numerados e lacrados contendo a identificação das equipes de projeto. Feita a abertura, seguiu-se a seguinte identificação de autoria dos trabalhos premiados:

Projeto nº 01: João Antônio Valle Diniz e equipe: José Luiz Baccarini Neto, Pedro de Carvalho Guadalupe e Marcílio Gazzinelli (fotógrafo).

Imagens do projeto nº 01:















Projeto nº 03: André Luiz Prado e equipe: Alexandre Brasil, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel, Paula Zasnicoff,  Pedro Lodi e Rafael Gil Santos.

Imagens do projeto nº 03:


















Projeto nº 06: Francisco Albano Andrade e equipe: Gian Paolo Lorenzetti e Rodrigo Ferreira Andrade.

Imagens do projeto nº 06:















Belo Horizonte, 19 de agosto de 2011.


André Veloso da Silva
Carlos Henrique Affonseca
Demetre Anastassakis
Ulisses Morato de Andrade

2 comentários:

Danilo Botelho disse...

Achei injusta a classificação de somente 3 das 7 propostas. Esperava-se muito mais do que somente 7 propostas, claro, e que antes 10 poderiam expor suas idéias e apresentá-las à comunidade. Se 7 foram entregues, todos deveriam então participar do debate, pois foram esses quem se dispuseram a pensar no melhor para o local e acreditaram na ideia até o final.

BrunoJacox disse...

Porque apenas 3 das 7 propostas foram selecionadas, se a princípio 10 projetos seriam expostos à opnião pública? Acho injusto excluir os outros 4 já que o limite proposto pela organização não foi alcançado! E além do mais, a exibição dos 7 projetos valoriza ainda mais a competição, permitindo ao público examinar mais propostas.