Com máscaras de Lúcio
Costa e Oscar Niemeyer, arquitetos, estudantes e amigos prometem fazer do
Carnaval do Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul e Minas Geraisum
protesto irreverente contra o contrato firmado pelo Governo do Distrito Federal
e uma empresa de Cingapura para planejar Brasília para os próximos 50 anos. A
ação está sendo liderada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), que
define o contrato feito sem licitação como um crime de lesa-cultura.
No Departamento de
Minas Gerais - IAB/MG, 500 máscaras serão distribuídas aos foliões, que irão
brincar e protestar durante os quatro dias de Carnaval, nos blocos de rua
espalhados pela cidade. Desenhadas pelo consagrado cartunista Aroeira, as
máscaras também são homenagens a dois ícones da arquitetura brasileira.
Segundo o presidente
do IAB, “Rose Guedes”, é louvável a iniciativa do governador do Distrito
Federal em querer planejar os próximos anos de Brasília, mas é indispensável
que se haja transparência e participação da sociedade nesse processo.
“A capital federal é
fruto da capacidade do povo brasileiro, concebida e planejada pelo talento dos
arquitetos Lucio Costa e Oscar Niemeyer, um retrato da cultura do país no
Planalto Central. Do modo como as coisas estão sendo feitas, corre-se o risco
de vermos nossa cultura ser sufocada em favor de um deslumbramento de conceito de
cidade que pode não atender às nossas reais necessidades”, afirma Sérgio
Magalhães.
Em dezembro de 2012,
o IAB lançou a campanha nacional “Brasília By Cingapura Não!”, que conta com apoio
de diversas entidades, como a União Internacional de Arquitetos (UIA), a
Federação Pan-Americana de Associações de Arquitetos (FPAA), a Associação
Brasileira de Imprensa(ABI), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e
o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR).
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