Em andamento com os preparativos para a Copa do Mundo e para os Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil mostra ao mundo que faz bonito quando o assunto é arquitetura esportiva. No último dia 26 outubro, os arquitetos mineiros Bruno Campos, Marcelo Fontes e Silvio Todeschi, do escritório BCMF Arquitetos, receberam em Colônia, na Alemanha, o "Special Prize" do prêmio COI/IAKS Award, na categoria “Instalações Esportivas Especiais”, pelo projeto do Complexo Esportivo de Deodoro, localizado no Rio de Janeiro e preparado especialmente para os Jogos Pan-Americanos de 2007 e já visando as Olimpíadas em 2016.O projeto dos arquitetos já havia sido premiado na Bienal Ibero-Americana de Lisboa (2008) e, também, com a Medalha de Ouro no Primeiro prêmio IAKS/LAC (2010), para a melhor instalação esportiva da América Latina e Caribe. No entanto, este ano, a disputa foi ainda mais acirrada. O Complexo Esportivo de Deodoro competiu com instalações dos cinco continentes. Desde 1987, o COI/IAKS Award premia, a cada dois anos, as instalações esportivas com design e funcionalidade exemplares.
O concurso é patrocinado pelo “Comitê Olímpico Internacional” (COI) e pela Associação Internacional para Instalações Esportivas e Recreativas” (IAKS), sendo o único prêmio internacional de arquitetura para instalações esportivas e recreativas já em operação.“Foram dois anos de muito estudo para fazer um centro esportivo moderno e que se tornasse referência mundial. Naquela época, a candidatura do Rio para sediar os jogos olímpicos já eram vislumbrada e, por isso, o Complexo foi todo desenhado para se tornar um legado para que o país pudesse receber outros grandes eventos, como os Jogos Mundiais Militares (2011) e as Olimpíadas (2016).
O complexo foi, também, um importante instrumento para a revitalização urbanística da cidade, além de estimular a prática de esportes na região”, destaca o arquiteto Bruno Campos.O Complexo de Deodoro conta com instalações de Tiro Esportivo (feita exclusivamente para o Pan), Hipismo, Tiro com Arco, Hóquei sobre Grama e Pentlato Moderno, já atendendo aos padrões de competições internacionais. Toda a obra foi construída sobre um terreno pertencente ao Exército Brasileiro de um milhão de metros quadrados.
Para as Olimpíadas de 2016, o Complexo deverá ganhar alguns complementos, como um Parque Radical.Segundo Bruno Campos, para a execução do projeto, eles buscam passar um tom de unidade às cinco instalações. Para isto, além de permitir a pré-fabricação, foram empregados poucos materiais (concreto aparente, telha termoacústica, bloco de concreto, cobogó, brises e vidros), que, juntos unificaram o Complexo pela combinação de proporções, ritmos e escalas.“Para fazer um projeto dessa magnitude e complexidade, é fundamental estar alinhado com os regulamentos, pré-requisitos e orientações de várias instituições nacionais e internacionais.
A BCMF ARQUITETOSCriado em 1995, na capital mineira, o escritório BCMF Arquitetos, dos arquitetos Bruno Campos, Marcelo Fontes e Silvio Todeschi, possui atuação diversificada em termos de escala e tipologia. Além das obras de grande porte para arquitetura esportiva, a empresa desenvolve projetos de edifícios residenciais, corporativos, institucionais, hospitais, indústrias, parques e intervenções urbanas.
Fonte: Mais Comunicação
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